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Rio 2016 – Oportunidades e desafios para os escritórios de projetos

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Estamos vivendo um momento histórico, o Brasil foi escolhido como sede das Olimpíadas de 2016. Fato que me faz sentir muito entusiasmado e orgulhoso.

Afinal, como não se sentir com a primeira conquista, o primeiro emprego, o primeiro grande projeto. Ainda mais quando a conquista foi extremamente suada e fruto de muita perseverança, esforço e trabalho. O Rio 2016 foi a oitava tentativa brasileira de sediar as olimpíadas, e é o reconhecimento internacional do papel de liderança que o Brasil vem conquistando no cenário mundial.

Essa conquista traz muitas oportunidades e desafios não só para o Rio de Janeiro, mas para todos os brasileiros.

Serão investidos cerca de 14,4 bilhões de dólares em planejamento, construções e infraestrutura na cidade, e gerados em torno de 51,1 bilhões de dólares em negócios. Além disso, o evento irá projetar a imagem institucional do país no circuito internacional, fomentando o turismo e negócios por todas as regiões e por muitos anos após as olimpíadas.

Dentre as maiores oportunidades, estão aquelas geradas pela construção civil. Além dos investimentos oficiais em infraestrutura esportiva e urbana, o setor privado irá investir na construção e melhoria de vários outros estabelecimentos, como hotéis, lojas, bares e restaurantes. Só para se ter uma idéia, serão necessários 21.570 novos quartos de hotéis para atingir a meta proposta na candidatura, os quais deverão ser projetados, construídos, equipados e decorados. As oportunidades para o segmento de projetos ultrapassam um bilhão de dólares.

Os maiores obstáculos também estão ligados à construção civil. Para as empresas do setor, cada dia perdido ou mal administrado trará prejuízos irreversíveis não só para elas, mas para o evento como um todo.

De um modo geral, e no que tange especificamente os escritórios de projeto, os grandes obstáculos estão ligados aos processos de gestão. Enquanto esbanjamos talento técnico, ainda faltam na maioria dos escritórios eficiência, padrões de qualidade, e organização administrativa para vencer o desafio olímpico.

Para administrarem as exigências que pede o momento, os escritórios deverão investir seus esforços em três frentes fundamentais.

A primeira é o PLANEJAMENTO. Um planejamento com visão de mercado e pautado nas necessidades dos clientes. Apesar de ser uma característica cultural brasileira, a falta de planejamento nesse momento irá dificultar o sucesso das empresas, que sem objetivos definidos, ações planejadas e metas, estarão sujeitas às interferências emergenciais internas ou externas, e perderão o foco e as grandes oportunidades. Navegando como um barco a deriva, guiado pela sorte.

A segunda é o investimento em RECURSOS HUMANOS. O crescimento exige que os empreendedores a frente de seus escritórios ajam como líderes formadores de equipes – recrutando, treinando e motivando seus colaboradores para criar o compromisso necessário para o sucesso da organização. Todo esse trabalho deve ter como foco central a criação de oportunidades de desenvolvimento pessoal e profissional para cada membro da equipe.

A terceira é o CONTROLE dos processos. Para que tudo saia de acordo com o planejado, e para que medidas corretivas possam ser tomadas caso necessário, o gestor deve investir na informatização do escritório, em sistemas de gestão adequados as suas atividades, e na implantação de metodologias administrativas, e de monitoramento e controle de dados. Essas ações irão garantir a melhoria contínua dos processos e o alcance das metas pré-estabelecidas.

Não existe mais a dúvida quanto as variáveis de mercado. Chegamos até aqui, a oportunidade foi dada, e é real. Agora chegou o momento de separarmos homens de meninos. Daqui para frente cabe a cada um de nós entregarmos a nossa parte da promessa, do que foi vendido, dentro do prazo, preço e qualidade esperados.

Um compromisso de todos nós brasileiros.

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